segunda-feira, 25 de outubro de 2010




~ A decisão de se juntar à Chris Bosh e Dwyane Wade no Miami Heat colocou LeBron James na condição favorito à conquista de seu primeiro anel da NBA, mas custou ao atleta o prestígio frente à maioria dos fãs e especialistas da liga.
~ Após sete temporadas atuando no Cleveland Cavaliers, equipe de seu estado natal, Ohio, o ala de 25 anos transformou sua saída do time em um verdadeiro espetáculo midiático ao fazer o anúncio ao vivo em um programa da rede ESPN batizado de “A Decisão”. Tamanha produção não repercutiu bem e LeBron passou a receber críticas de todos os lados. Torcedores, dirigentes, ex-jogadores e, claro, moradores de Cleveland, logo transformaram o ídolo em persona non grata na NBA.
~ Mas nem sempre a imagem do astro foi negativa. Quando entrou na NBA, aos 19 anos de idade, direto do colégio, LeBron era um carismático fenômeno precoce que havia levado uma escola da pequena e até então desconhecida cidade de Akron, Ohio, ao inédito título nacional.Estampar a capa da prestigiada revista Sports Illustrated, ainda quando jogava no colégio, transformou-o em uma celebridade nacional instantaneamente. O fato de ser draftado para a NBA pelos Cavs, uma equipe de Ohio que nunca conquistou um título sequer na liga, só colaborou na boa imagem que o atleta tinha frente a opinião pública norte-americana.
~ Na equipe do brasileiro Anderson Varejão, alcançou a final da NBA logo em sua quarta temporada como profissional, quando foi derrotado pelo San Antonio Spurs. Nos anos seguintes, conquistou dois títulos consecutivos de MVP, em 2009 e 2010. Apesar dos feitos pessoais, ainda lhe faltava um título. Após a derrota para o Boston Celtics, nas finais da Conferência Leste, contudo, o castelo começou a ruir e ficou cada vez mais claro que a lua-de-mel entre o astro e Cleveland estava perto do fim.

~ A ida para a Flórida alavancou o Miami Heat à condição de uma das maiores equipes da NBA antes mesmo do início da temporada. A partir de 27 de outubro, todos os olhos estarão voltados a equipe montada por Pat Riley que, mesmo odiada, já foi apontada como a única capaz de bater o recorde de 72 vitórias do Chicago Bulls de Michael Jordan, em 1995/1996. O preço da impopularidade e das críticas, contudo, pode ser pago de uma forma simples: conquistando um título ao lado de Dwyane Wade e Chris Boch e, quem sabe, retomando o prestígio perdido no verão de 2010.

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